Judiciária vai ter 'bunker' contra ataques terroristas

terça-feira, 16 de março de 2010
Bunkers!? Para 2012!? Curioso ano não?
Uma sala prepararada "para funcionar 24 sobre 24 horas, totalmente auto-suficiente" com heliporto(que permitirá a aterragem de helicópteros pesados que operam nas forças da NATO)? Claro! Nato ao serviço da nova ordem mundial...




Fonte: Diario de notícias

Judiciária vai ter 'bunker' contra ataques terroristas
Uma sala de situação vai dotar a Polícia Judiciária de todos  os recursos para lidar com situações extremas, por exemplo um ataque terrorista. A equipa envolvida no projecto de concepção da futura sede nacional da PJ visitou edifícios de polícias congéneres em Madrid, Alemanha e Inglaterra. A obra deve estar concluída em 2012 e rondar 91 milhões de euros
As futuras instalações da Polícia Judiciária (PJ) vão revolucionar o dia--a-dia de quem combate o crime. Um heliporto (que permitirá a aterragem de helicópteros pesados que operam nas forças da NATO) e uma sala de reuniões operacionais, também chamada "sala de situação", que se transformará num verdadeiro bunker, em caso de ataques terroristas ou de outros de alto risco, são as grandes novidades do projecto, que já recebeu a classificação de confidencial.
O concurso para adjudicar a construção do projecto será lançado em regime de ajuste directo com consulta a cinco empresas inscritas na Autoridade Nacional de Segurança. Segundo apurou o DN, a tipologia escolhida para a "sala de situação" foi no sentido de a preparar para funcionar 24 sobre 24 horas, totalmente auto-suficiente, num formato de rectângulo escalonado e hierarquizado. Em caso de crise, por exemplo, perante um ataque terrorista, desvio de avião, sequestros, etc., a sala permitirá a comunicação entre as várias valências (ou departamentos) da polícia, através de alta tecnologia e com a garantia de segurança elevada.
Em três planos diferentes de trabalho, serão instalados vários ecrãs multimédia de grande dimensão, de forma a que os agentes intervenientes na investigação possam estar a par e fazer o ponto de situação da informação recolhida. Ou seja, nos nove painéis de DVD, colocados frente ao espaço em forma de anfiteatro, poderão ser visionados canais de televisão de sinal aberto, onde poderão ser transmitidas ordens escritas internas. Mas este espaço não descurará as áreas essenciais de conforto para os investigadores, nomeadamente de descanso, higiene e cozinha.
As novas instalações irão proporcionar a concentração de todas as especializações da PJ num só bairro, após a remodelação de uma área de 19 mil metros quadrados, da ampliação de uma zona de três mil metros quadrados e ainda da construção de 80 mil metros quadrados. No entanto, a grande aposta do projecto vai para o apetrechamento da parte tecnológica desta polícia.
Daí que inclua também uma carreira de tiro subterrânea e um Laboratório de Polícia Científica (LPC) todo remodelado.
O treino de tiro será realizado num túnel na cave, junto ao LPC. Segundo apurámos, a carreira de tiro terá 10 linhas e mais duas para tiro de carabina. Por outro lado, também pela primeira vez, em espaço fechado, a PJ vai poder fazer inspecção e recolha de vestígios de veículos rodoviários de grande dimensão no LPC, cuja área, comparada com a actual, será cinco vezes superior. Um outro aspecto inovador relativamente ao LPC é a criação de um sistema próprio para tratamento de efluentes.
Para além de toda estas valências, e cumprindo os preceitos legais, esta sede terá ainda dois apartamentos de tipologia T1 para protecção de testemunhas.
Este modelo de instalações é fruto de várias visitas que elementos da instituição realizaram a idênticas unidades funcionais de polícias congéneres a Espanha, Alemanha e Inglaterra. O actual director nacional da PJ, Almeida Rodrigues, já nomeou uma equipa, que inclui arquitectos e engenheiros civis, para acompanhar em exclusivo o processo de construção da nova sede. A estes juntaram-se também elementos do Instituto de Gestão Financeira e de Infra-Estruturas do Ministério da Justiça para controlar todo o processo.
De acordo com o director nacional da PJ, Almeida Rodrigues, este projecto tem como vantagem a reorganização interna dos serviços, através da sua concentração num só edifício. Pedro do Carmo, director nacional adjunto, ressalva outro aspecto: "O edifício da Gomes Freire é um ícone e mantém a funcionalidade inicial. No futuro, haverá um reordenamento urbanístico desta zona, ao mesmo tempo que se mantém a memória histórica da PJ."
O investimento neste projec- to deverá rondar os 91 milhões de euros, mais IVA. E a data de conclusão está prevista para o ano de 2012.

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